"Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino".
( Paulo Freire )

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Uma professora apaixonada pela vida. Acredito, assim como Fernando Pessoa, que " o valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis".

domingo, 13 de março de 2011

Os contornos de nossa terra


A Chegada dos portugueses ao Brasil



Em 22 de abril de 1500 chegava ao Brasil 13 caravelas portuguesas lideradas por Pedro Álvares Cabral. A primeira vista, eles acreditavam tratar-se de um grande monte, e chamaram-no de Monte Pascoal. No dia 26 de abril, foi celebrada a primeira missa no Brasil.

Após deixarem o local em direção à Índia, Cabral, na incerteza se a terra descoberta tratava-se de um continente ou de uma grande ilha, alterou o nome para Ilha de Vera Cruz. Após exploração realizada por outras expedições portuguesas, foi descoberto tratar-se realmente de um continente, e novamente o nome foi alterado. 


A nova terra passou a ser chamada de Terra de Santa Cruz. Somente depois da descoberta do pau-brasil, ocorrida no ano de 1511, nosso país passou a ser chamado pelo nome que conhecemos hoje: Brasil.







Colonização das nossas terras

A colonização do Brasil aconteceu por volta do século XVI, através da expedição de Martim Afonso de Souza. O objetivo dessa expedição era manter o domínio das nossas terras, sobre tudo aquilo que haviam encontrado, para que pessoas de outros países não tomassem posse do que haviam descoberto.
Os índios trabalhavam como escravos cultivavam suas próprias terras, e os alimentos extraídos eram usados para abastecer o mercado europeu. Também eram obrigados a derrubar árvores de pau brasil, cortá-las em toras e carregar os navios portugueses, que levavam a madeira.
O pau Brasil, uma madeira muito avermelhada, era utilizado para fazer tintura de tecidos, o que lhe dava um grande valor comercial na Europa. Por isso era muito explorado.
Na primeira expedição, Martim Afonso de Souza trouxe aproximadamente quatrocentas pessoas, a fim de explorar e garantir para os portugueses as riquezas do nosso país. Nessas viagens os portugueses trouxeram animais domésticos, sementes e mudas de cana-de-açúcar, ferramentas agrícolas e armas.





Escravos índigenas e africanos



Quando os portugueses iniciaram a produção açucareira no Brasil, se inicia um debate sobre qual força de trabalho poderia ser empregado nesse tipo de negócio. Afinal de contas, para que o açúcar desse lucro em pouco tempo, era necessário uma produção em larga escala sustentada por um grande número de trabalhadores. Desse modo, os colonizadores se dispuseram a promover a escravidão dos índios que ocupavam as terras ou dos africanos disponíveis do outro lado do oceano.

Mesmo sendo mais acessível, a escravização dos indígenas mostrava-se problemática por uma série de fatores. Devemos destacar que os índios não eram acostumados a uma rotina de trabalho extensa, tendo em vista que privilegiavam uma economia de subsistência. Por outro lado, muitos deles morriam ao contrair as doenças trazidas pelo europeu, e aqueles que eram escravizados articulavam facilmente a sua fuga mediante o conhecimento do território.
Não bastando tais explicações, devemos salientar que a Igreja também teve enorme peso para que a escravidão indígena não ganhasse força no espaço colonial. Tal influência explica-se pelo fato de a Igreja ter o claro interesse em converter os índios à crença católica. Naturalmente, se esses índios fossem submetidos à escravidão, logo demonstrariam uma resistência maior em aceitar a religião do colonizador. Por fim, vemos que o próprio governo de Portugal expediu várias leis proibindo o apresamento indígena.
Por outro lado, a escravidão africana mostrava-se como uma alternativa mais viável, tendo em vista que os portugueses já tinham fixado, desde o século XV, vários entrepostos ao longo do litoral africano. Ao mesmo tempo em que já dominavam essas rotas, o governo português logo percebeu que o tráfico de escravos para a América seria interessante, já que essa atividade também poderia gerar divisas para os cofres do Estado.

Para os colonizadores, principalmente os senhores de engenho, o escravo africano apresentava um melhor desempenho no trabalho com a lavoura, e o investimento em sua aquisição mostrava-se bastante rentável. Não bastando essas explicações de cunho econômico, a própria Igreja considerava que a escravidão africana seria um “castigo de Deus” contra os vários povos daquele continente, tomado pelas crenças politeístas e a própria religião islâmica.












Divisão das terras

As Capitanias Hereditárias


Com o passar dos anos, com a divulgação das riquezas do Brasil no exterior, e em razão da grande extensão do país, os portugueses foram perdendo o domínio das terras brasileiras. Aos poucos, os estrangeiros tomavam posse do litoral brasileiro.

 

No ano de 1534, o governo de D. João, de Portugal, dividiu as terras brasileiras em quinze faixas, a que chamaram de capitanias hereditárias.

As quinze capitanias eram: do Pará, do Maranhão, do Piauí, do Rio Grande, de Itamaracá, de Pernambuco, da Baía de Todos os Santos, de Ilhéus, de Porto Seguro, do Espírito Santo, de São Tomé, do Rio de Janeiro, de Santo Amaro, de São Vicente e de Santana.
Cada capitania tinha um administrador, uma pessoa que cuidava dos interesses da terra. Essa pessoa era chamada de donatário. O donatário que conseguisse cuidar bem do pedaço de terra que estava sob a sua responsabilidade poderia passá-la para seu primogênito (primeiro filho), motivo pelo qual as capitanias receberam o nome de hereditárias.
Na época, os índios já não mantinham mais as relações amigáveis de antes com os portugueses e passaram a invadir as capitanias, não aceitando a divisão das terras e lutando para garantir parte delas para sua raça.
Mesmo com a criação das capitanias hereditárias, as terras do Brasil continuaram a ser tomadas dos portugueses pelos europeus. Porém, os cuidados para que a situação não piorasse estava sob as decisões de cada donatário, era preciso vigiar as terras para não perdê-las.

Era obrigação dos donatários fazer o melhor aproveitamento das terras, explorar suas riquezas e adquirir recursos para mantê-las, criar vilas, cobrar tributos, escolher outras pessoas para ajudá-lo na administração, etc.
Mas com o passar dos anos, Portugal percebeu que a divisão não estava dando certo, pois além das invasões dos índios, continuava acontecendo invasões de países estrangeiros. Outro problema era que ninguém oferecia mão de obra para trabalhar nas lavouras. Além disso, o Brasil precisava de um governo geral, que ficasse implantado aqui, para dar mais apoio aos donatários, mas isso também não aconteceu.
Das quinze capitanias criadas, apenas duas deram certo: a de Pernambuco, sob o comando de Duarte Coelho Pereira, e a de São Vicente, por Martim Afonso de Souza. Nestas, a plantação de cana teve grandes resultados, em virtude do clima apropriado das regiões. E o interesse dos donatários era grande, pois já obtinham lucros com a produção de açúcar, que aumentava a cada dia.





Meus queridos, espero que os textos e os videos ajudem na compreensão da nossa história.
Beijos

Dri  

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