A Chegada dos portugueses ao Brasil

A nova terra passou a ser chamada de Terra de Santa Cruz. Somente depois da descoberta do pau-brasil, ocorrida no ano de 1511, nosso país passou a ser chamado pelo nome que conhecemos hoje: Brasil.
Colonização das nossas terras
A colonização do Brasil aconteceu por volta do século XVI, através da expedição de Martim Afonso de Souza. O objetivo dessa expedição era manter o domínio das nossas terras, sobre tudo aquilo que haviam encontrado, para que pessoas de outros países não tomassem posse do que haviam descoberto.

O pau Brasil, uma madeira muito avermelhada, era utilizado para fazer tintura de tecidos, o que lhe dava um grande valor comercial na Europa. Por isso era muito explorado.
Na primeira expedição, Martim Afonso de Souza trouxe aproximadamente quatrocentas pessoas, a fim de explorar e garantir para os portugueses as riquezas do nosso país. Nessas viagens os portugueses trouxeram animais domésticos, sementes e mudas de cana-de-açúcar, ferramentas agrícolas e armas.
Escravos índigenas e africanos
Quando os portugueses iniciaram a produção açucareira no Brasil, se inicia um debate sobre qual força de trabalho poderia ser empregado nesse tipo de negócio. Afinal de contas, para que o açúcar desse lucro em pouco tempo, era necessário uma produção em larga escala sustentada por um grande número de trabalhadores. Desse modo, os colonizadores se dispuseram a promover a escravidão dos índios que ocupavam as terras ou dos africanos disponíveis do outro lado do oceano.
Não bastando tais explicações, devemos salientar que a Igreja também teve enorme peso para que a escravidão indígena não ganhasse força no espaço colonial. Tal influência explica-se pelo fato de a Igreja ter o claro interesse em converter os índios à crença católica. Naturalmente, se esses índios fossem submetidos à escravidão, logo demonstrariam uma resistência maior em aceitar a religião do colonizador. Por fim, vemos que o próprio governo de Portugal expediu várias leis proibindo o apresamento indígena.
Para os colonizadores, principalmente os senhores de engenho, o escravo africano apresentava um melhor desempenho no trabalho com a lavoura, e o investimento em sua aquisição mostrava-se bastante rentável. Não bastando essas explicações de cunho econômico, a própria Igreja considerava que a escravidão africana seria um “castigo de Deus” contra os vários povos daquele continente, tomado pelas crenças politeístas e a própria religião islâmica.
Divisão das terras
As Capitanias Hereditárias
Com o passar dos anos, com a divulgação das riquezas do Brasil no exterior, e em razão da grande extensão do país, os portugueses foram perdendo o domínio das terras brasileiras. Aos poucos, os estrangeiros tomavam posse do litoral brasileiro.
No ano de 1534, o governo de D. João, de Portugal, dividiu as terras brasileiras em quinze faixas, a que chamaram de capitanias hereditárias.
As quinze capitanias eram: do Pará, do Maranhão, do Piauí, do Rio Grande, de Itamaracá, de Pernambuco, da Baía de Todos os Santos, de Ilhéus, de Porto Seguro, do Espírito Santo, de São Tomé, do Rio de Janeiro, de Santo Amaro, de São Vicente e de Santana.
Cada capitania tinha um administrador, uma pessoa que cuidava dos interesses da terra. Essa pessoa era chamada de donatário. O donatário que conseguisse cuidar bem do pedaço de terra que estava sob a sua responsabilidade poderia passá-la para seu primogênito (primeiro filho), motivo pelo qual as capitanias receberam o nome de hereditárias.
Na época, os índios já não mantinham mais as relações amigáveis de antes com os portugueses e passaram a invadir as capitanias, não aceitando a divisão das terras e lutando para garantir parte delas para sua raça.
Mesmo com a criação das capitanias hereditárias, as terras do Brasil continuaram a ser tomadas dos portugueses pelos europeus. Porém, os cuidados para que a situação não piorasse estava sob as decisões de cada donatário, era preciso vigiar as terras para não perdê-las.
Era obrigação dos donatários fazer o melhor aproveitamento das terras, explorar suas riquezas e adquirir recursos para mantê-las, criar vilas, cobrar tributos, escolher outras pessoas para ajudá-lo na administração, etc.
Mas com o passar dos anos, Portugal percebeu que a divisão não estava dando certo, pois além das invasões dos índios, continuava acontecendo invasões de países estrangeiros. Outro problema era que ninguém oferecia mão de obra para trabalhar nas lavouras. Além disso, o Brasil precisava de um governo geral, que ficasse implantado aqui, para dar mais apoio aos donatários, mas isso também não aconteceu.
Das quinze capitanias criadas, apenas duas deram certo: a de Pernambuco, sob o comando de Duarte Coelho Pereira, e a de São Vicente, por Martim Afonso de Souza. Nestas, a plantação de cana teve grandes resultados, em virtude do clima apropriado das regiões. E o interesse dos donatários era grande, pois já obtinham lucros com a produção de açúcar, que aumentava a cada dia.
Meus queridos, espero que os textos e os videos ajudem na compreensão da nossa história.
Beijos
Dri
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